Edizione diplomatico-interpretativa

Versione stampabilePDF version
  I
  Senhor eu uyuo coytada
  Uida desquandou(os) no(n) ui
  Mays poys uos q(ue)redes assy
  Por d(eu)s senhor be(n) Talhada.
  Queredeu(os) demi(n) doer
  Ou ar leixade mir moirer  
  Senhor, eu vyvo coytada
  vida des quando vos non vi;
  mays, poys vós queredes assy,
  por Deus, senhor ben talhada,
  querede-vos de min doer
  ou ar leixade-m’ir moirer. 
 
  II
  Uos sodes ta(n) po(n)derosa.
  De mi q(ue) meu mal. e meu be(n)
 
  En uos e todo p(or)en
  Queredeu(os) ⁖− 
  Vós sodes tan ponderosa
  de mí que meu mal e meu ben
  en vós é todo; por én,
  querede-vos ... ... ...
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
 
  III
  Eu uyuo p(or) uos Tal uida
  Que nu(n)ca estes olh(os) me(us)
  Dorme(n) mha senhor e p(or) d(eu)s
  Queu(os) fez de be(n) (com)prida
  Queredeu(os) de mi doer 
  Eu vyvo por vós tal vida
  que nunca estes olhos meus
  dormen, mha senhor; e, por Deus,
  que vos fez de ben comprida,
  querede-vos de mí doer
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
 
  IV
  Ca senhor Todome praxer
  Qu(an)ti uos q(ui)s(er)des fazer
  Ca, senhor, todo m’é praxer
  Quant’i vós quiserdes fazer.