Edizione diplomatico-interpretativa

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  I
  Senhor q(ue) be(n) pareçedes
  Se mi contra uos ualuesse
  Deus q(ue) u(os) fez equisesse
  Domal q(ue) mi fazedes
  Mi fezessedes en menda.
  E uedes senhor q(ue)ianda
  Queu(os) uisseu(os) pronguesse  
  Senhor, que ben pareçedes!
  Se mi contra vós valvesse
  Deus, que vos fez, e quisesse
  do mal que mi fazedes
  mi fezessedes enmenda!
  E vedes, senhor, queianda:
  que vos viss’e vos pronguesse. 
 
  II
  Ben parecedes se(n) falha
  Que nu(n)ca uiu home tanto
  P(or) meu mal. emeu. q(ue)bra(n)to
  Mays senhor q(ue) de(us)u(os) ualha.
  P(or) qua(n)te mal. ey leuado
  P(or) uos aia e(n) p(or)gado
 
  Ueeru(os) si q(ue)r ia qua(n)to 
 
  Ben parecedes, sen falha,
  que nunca viu home tanto,
  por meu mal e meu quebranto;
  mays, senhor, que Deus vos valha,
  por quant’e mal ey levado
  por vós, aia én por gado
  veer-vos, siquer ia-quanto.
  III
  Da uossa. gra(n) fremusura.
  Ondeu. senhor atendia
  Gra(n) be(n) e grandalegria
  Mi ue(n) gra(n) ]o[ mal. se(n) mesura.
  E poys ei coita sobeia
  P(ra)zu(os) ia q(ue) u(os) ueia
  No ano hu(nh)a uez du(n) dia
  Da vossa gran fremusura,
  ond’eu, senhor, atendia
  gran ben e grand’alegria,
  mi ven gran mal sen mesura;
  e, poys ei coita sobeia,
  praz-vos ia que vos veia
  no ano hunha vez d’un dia.