Edizione diplomatico-interpretativa

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I I
 
  Vos com Iosep uenho eu p(re)guntar
  poys pelos uossos judeus talhador(e)s
  uos he calhada agra(n)des emeores
  quanto tada hun  judeu adedar
  perqual fazom dom seham judeu
  aqueia talha foy posta nosseu
  sescussa senpre deuosco reytar
 
  Vos com Josep, venho eu preguntar,
  poys pelos vossos judeus talhadores
  vos he calhada a grandes e meores,
  quanto tada hun judeu a de dar,
  per qual fazom dom seham judeu
  a que ia talha foy posta no seu,
  s’escussa senpre de vosco reytar?
II II
 
  Stȇua daguarda pode q(ui)tar
  qual judeu q(ue)r dereytar os senhores
  mays natalha gracas ne(m) amor(e)s
  nu lhy fara(m) os q(ue) ham detali or
  edom foam ia peruezes deu
  ooque talharo(n) comeu de p(er) domeu
  esdo ra mays a qyrasse luirar
 
  Stȇua da guarda pode quitar
  qual judeu quer de reytar os senhores,
  mays na talha, gracas nem amores
  nu lhy faram os que ham detali or
  e dom foam ia per vezes deu
  do que talharon, com’eu de per do meu,
  er do ra mays, a qyra-se luirar.
III III
 
  Dom iosep tenho porsem razom
  poys ia ffai uos que(n) tolha igualdado
  hudo seu deu quantolhy foy tolhado
  que per senhores aià defensom
  denom peytar comoutro peytador
  como peyta qualq(ue)r talhador
  quantolhytalha(n) sem escusazom
 
  Dom iosep, tenho por sem razom,
  poys ia ffai vos quen tolha, igualdado
  hudo seu deu quanto lhy foy tolhado,
  que per senhores aià defensom
  de nom peytar com’outro peytador,
  como peyta qualquer talhador
  quanto lhy talhan, sem escusazom.
IV IV
  S teuan daguarda p(er) talauço(m)
  qual uos dizedes foy ia dema(n)dado
  efoy p(er)el seu feyto desputado
  assy q(ue) dura nadi sputaçom
  edotalho no(n) te(n) o melhor
  cadeu gra(n) peta mays poys seu senhor
  lha peyta q(ua)nta ual tal q(ui)tacom
 
  S teuan daguarda, per tal auçom
  qual vos dizedes, foy ia demandado
  e foy per el seu feyto desputado,
  assy que dura na disputaçom
  e do talho non ten o melhor,
  cadeu gran peta, mays poys seu senhor
  lha peyta, quanta val tal quitacom.
  ………………………
 
V V
 
  Ja dom foram por mal q(ue)mi q(ue)r diz
  que nego qua(n)tey por no(m) peycor nada
  ede com he mha faze(n)da postada
  uos dom esteua sodes em bem faz
  que nunca ffoy domha tajsa negado
  mays sabudo ecerto apregoado
  qua(n)tey na terra mouil erraiz    
 
  Ja dom foram por mal que mi quer, diz
  que nego quant’ey, por nom peycor nada,
  e de com he mha fazend’apostada
  vos, dom esteua, sodes em bem faz
  que nunca ffoy do mha tajsa negado,
  mays sabudo e, certo, apregoado,
  quantey  na terra, mouil e raiz.
VI VI
 
  Dom iosep ia eu certo fiz
  que douesse no(n) he cousa negado
  mays he ta(n) corto iapreado
  dome o uinho forte em alhariz
  e el q(ue)roa deus dese arreygado
  deuos aver assy aspeytado
  comegel he pelo mayor Juiz
 
  Dom iosep, ia eu certo fiz
  que do vesse non he cousa negado,
  mays he tan corto i apreado
  dome o vinho forte em alhariz
  e el queroa deus,  desearreygado
  de vos aver assy aspeytado
  com’ eg el he pelo mayor juiz.