Edizione diplomatico-interpretativa

Versione stampabilePDF version
  Ioham Soarez Coelho Ioham Soarez Coelho
I I
 
  I oha(n) fernandiz mentreu uoscouuer
  aquestamor que oieu co(n) uosquey
  nuncau(os) eu tal cousa negarey
  qual oieu ouço pela terra dizer
  dizen que fode qua(n)to mays foder pode
  ouosso mouro a uossa molher. 
 
  Iohan Fernandiz, mentr’eu vosc’ouver
  aquest’amor que oi’eu convosqu’ey,
  nunca vos eu tal cousa negarey
​  qual oi'eu ouço pela terra dizer:
  dizen que fode, quanto máys foder
  pode, o vosso mouro a vossa molher.
 
II II

   
  P ero q(ue) fosseste mouro meu  
  came terria eu p(or) desleal
  io(h)a(n) fernandez seu(os) negasseu
  atal cousa q(ua)l dize(n) q(ue)u(os) faz
  ladinho como uos iazedes iaz
  co(n) uossa molher e mende mal. 
 

  
  Pero que foss’este mouro meu,*
  ca me terria eu por desleal,
  Iohan Fernandez, se vos negass’eu
  atal cousa qual dizen que vos faz:
  ladinho, como vós iazedes, iaz
  con vossa molher, e m’end’é mal.*

  *Verso ipometro: a9
  *Verso ipometro: b9

III III
 
  E direyu(os) eu quanten uy m(os) nos 
  uyma ao uosso mouro filhar
  auossa molher efoya deitar
  no uosso leite mays u(os) eu direy
  quanteu do mourap(re)ndi e sey
  fodea como a fodedes uos. 
 
 
  E direyvos eu quant’én vymos nós:
  vyma ao vosso mouro filhar*
  a vossa molher e foy-a deitar
  no vosso leit'e máys vos eu direy
  quant’eu do mour’aprendi e sey:*
  fode-a como a fodedes vós.

  *Verso ipometro: b9
  *Verso ipometro: c9