Edizione diplomatico-interpretativa

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  I
  Assy andeu. por seruico q(ue) fiz
      A senhor q(ue) me no(n) q(ue)r fazer be(n)
      Pero senhor e q(ue) toda quel be(n)
  Do mu(n)do sabe q(ue) hi fiz
  Seruice no(n) possauer seu amor
  Assy andeu cadadia peor
  Por q(ue) mi no(n) faz amor
    Ne(n) mho diz
  Assy and’eu por servico que fiz
  a senhor que me non quer fazer ben;
  pero senhor é que tod’aquel ben
  do mundo sabe que hi fiz
  servic’e non poss’aver seu amor.
  Assy and’eu cada dia peor,
  porque mi non faz amor nen mh o diz.
 
  II
  Assy a(n)deu. endeuidando que(n)
  Mho no(n) gradece ne(n) mho q(ue)r cobrar
  Posso melhor e todestey co(n) que(n)
  Faleu edigolhas coytas q(ue) ey
  Assy andeu como nu(n)ca andey
  E no(n) mi fala. ne(n) da p(or) mi re(n)
  Assy and’eu endevidando quen
  mh o non gradece nen mh o quer cobrar;
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
  posso melhor; e tod’est’ey con quen
  fal’eu e digo-lh’as coytas que ey.
  Assy and’eu como nunca andey,
  e non mi fala nen dá por mi ren.
 
  III
  Assy andeu meu te(m)po p(er)dendi
  Pero tenho q(ue)o p(er)ço por prez
  E por senhor do mu(n)do mays de prez
  Perco p(re)ce tenho q(ue) perdy
  Seu conhoçer coutra ]mi[
    Mi eporen
 
  Assy andeu. q(ue) u(er)gonça ey
  Delho dizer eu.
  Ne(n) outre(n) pormi(n) 
  Assy and’eu meu tempo perdend’i,
  pero tenho que o perço por prez
  e por senhor do mundo mays de prez;
  perco prec’e tenho que perdy
  seu conhoçer coutra mi; e poren
  assy and’eu, que vergonça ey
  de lho dizer eu nen outren por min.
 
  IV
  Assy andeu. atendendo seu be(n)
  Por qua(n)to mal. por seu amor soffry
  Assy and’eu atendendo seu ben,
  por quanto mal por seu amor soffry.