Edizione diplomatico-interpretativa

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  I
  Comousara parecer antemi
     omeu amig ay amiga por
     d(eu)s e comousara catar estes me(us)
     olh(os) seo de(us) trouxer per aqui
     poys tam muyta queu(os) ueo ueer
     mi e me(us) olh(os) emeu parecer
  Com’ousará parecer ante mí
  o meu amig’, ay amiga, por Deus,
  e com’ousará catar estes meus
  olhos se o Deus trouxer per aqui,
  poys tam muyt’á que vos veo veer
  mí e meus olhos e meu parecer?
 
  II
  Amiga ou comossa t(re)uera
    demousar sol d(os) se(us) olh(os) catar
    se os me(us) olh(os) uir hu(n) poucalçar
    ou no coraçon comoo porra
    poys ta(n) muyta q(ue)u(os) ueo ueer
  Amiga, ou como ss’atreverá
  de m’ousar sol dos seus olhos catar
  se os meus olhos vir hun pouc’alçar,
  ou no coraçon como o porra,
  poys tan muyt’á que vos veo veer
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
 
  III
  Ca sey q(ue) no(n) terra el por razo(n)
    como q(ue)r q(ue)maia mui g(ra)ndamor
    demousar ueer ne(n) chamar senhor
     ne(n) sol nouo porra no corazon
      poys ta(n) muyta q(ue)u(os) ue(n)o
  Ca sey que non terrá el por razon,
  como quer que m’aia mui grand’amor,
  de m’ousar veer nen chamar “senhor”,
  nen sol nov'o porra no corazon,
  poys tan muyt’á que vos veno ...
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