Edizione diplomatico-interpretativa

Versione stampabilePDF version
 I  
Deus que pouco que sabia
Em eu qual viço uiuia
Quandera un mha senhor
E que muy tome queixava
Dela por que non pensava
Demim e non gradecia.
Adeus qual beumi fazia
Em sol me leixar veer
seu mui bon parecer.
Deus que pouco que sabia
em eu qual viço vivia
quandera um mha senhor.
E que muy tome queixava
dela por que non pensava
de mim be non gradecia
adeus qual bem mi fazia
em sol me leixar veer
o seu mui bom parecer
 II   
Mais en gra(m) sandez andava
En qua(ndo) me no(n)  pagava
De co(m) tal senhor viver.
E q(ue) melhor be(m) q(ue)rria(m)
Amendora pagaria
mais esto ann(o) que(m) mho dava
Este be(m) queno no(n) entrava
Non ouvesso seu melhor
Eu messental sabor
Mais em gram sandez andava
en quando me non pagava
de com tal senhor viver.
E que melhor bem querriam
A mendora pagaria
Mais esto anno quem mho dava,
este bem que nom entrava
Non ouvesso seu melhor
Eu messental sabor
 III  
Mais logomar mataria
Du(m) cor q(ue) ei de folia
Muy conprid e damor
Q(ue) p(or) poucas mar mataria
Quandeu mha senhor catava
En tal coyta me metia
Q(ue) conselho non sabia
Eu dem(im) como fazer
Por dela mais ben auer.
Mais logomar mataria
dum cor que ei de folia
mui comprid e d'amor,
que per poucas m'ar matava
quand eu mia senhor catava
em tal coyta me metia
que conselho nom sabia
eu demi, como fazer
por dela mais ben haver
 IV  
Mais seeu nu(n)ca cobrava
Ouiçen que antestava
Saberlhia ben sofrer
Seu amor e nenbrarmi(nh)a
Qua(n)d alhur morava
Ta(m) muyto a deseiava
Mais eu co(m) este pavor
Seria bon sofredor
Mais se eu nunca cobrava
ouiçem que ante estava,
saberlhia ben sofrer
seu amor e nembrar minha
quando alhur morava
tam muito a deseiava
Mais eu com este pavor
seria bon sofredor